sexta-feira, 4 de julho de 2014

Poema do Oceano , Part-1

Galera eu irei fazer uma seção de alguns textos, poemas e poesias de Reflexão !
O Poema do Oceano

Na cabine dos navios em pleno mar,
o azul sem limites em toda a direção se expande
com o assobio dos ventos e a música das ondas, as ondas grandes e imperiais,
ou alguma nau solitária que baliza a densa marina,
onde jovial, cheia de fé, abrindo suas velas brancas,
ela atravessa ao meio o espaço celeste, no brilho e na espuma do dia, ou sob o céu estrelado da noite,
entre marinheiros jovens e velhos serei eu, uma reminiscência da terra, lido,
em plena harmonia, afinal.
"Aqui estão nossos pensamentos, pensamentos de viajantes,
aqui não é a terra, a terra firme que aparece sozinha", possam eles dizer então.
"O arco do céu alcança aqui, sentimos o convés ondular debaixo dos pés,
sentimos a longa pulsação, o refluir e o afluir de um movimento sem fim,
os tons de um mistério nunca visto, as sugestões vagas e vastas do mundo salgado, as sílabas do líquido gracioso,
o perfume, o débil ranger da cordoalha, o ritmo de melancolia,
o panorama infinito e o horizonte longínquo e opaco estão todos aqui,
e este é o poema do oceano."
Então, ó livro, não hesites! Antes, realiza teu destino.
Não és a reminiscência da terra solitária,
tu também, como uma nau atravessando o éter – propósito mais claro do que o teu desconheço – repleto sempre de fé,
casa-te a todo navio que navega, navega tu!
Dá a eles o meu amor que vai depositado (queridos marinheiros, por vós eu deposito aqui o meu amor em cada folha);
Corre, meu livro! Espalha tuas velas brancas, minha ínfima nau, através das ondas imperiais.
Prossegue cantando, navega adiante, desentranha o azul infinito de mim e lança, em cada mar,
esta canção por todos os marinheiros e suas naus.

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